Previna-se contra o diabetes – Brasil é o 5º país no mundo em casos

De acordo com dados do  Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF), o Brasil é o 5º país em casos de diabetes no mundo. Ficando atrás somente de China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. São 16,8 milhões de adultos diabéticos entre 20 e 79 anos. Até o ano de 2030, ao menos 4,7 milhões de novos diagnósticos de diabetes devem ser feitos no Brasil. Porém, não são somente os adultos que convivem com a doença. Mais de um milhão de crianças de adolescentes têm diabetes tipo 1.

O diabetes é uma doença crônica provocada pela falta ou a incapacidade de a insulina, hormônio produzido pelo pâncreas, controlar a glicose, desencadeando, assim, o diabetes, que tem como característica altas taxas de açúcar no sangue de forma permanente.

TIPOS DE DIABETES

TIPO 1

A causa da diabetes tipo 1 ainda é desconhecida. Normalmente, ela é diagnosticada na infância ou adolescência, podendo também ser identificada na fase adulta. De acordo com o Ministério da Saúde, este tipo acomete cerca de 90% dos casos de diabetes no Brasil.

Pessoas com familiares que têm ou tiveram a doença devem fazer exames regularmente para controlar os níveis de açúcar no sangue e, se preciso, fazer tratamento preventivo para evitar a doença.

O tratamento em quem possui o tipo 1 da doença é feito com o uso diário de insulina e outros medicamentos para controlar os níveis de açúcar no sangue.

TIPO 2

A diabetes tipo 2 ocorre, basicamente, em decorrência dos hábitos de vida do indivíduo. Sobrepeso, má alimentação, sedentarismo, hipertensão e triglicerídeos elevados e costuma ter maior incidência em adultos. 

PRÉ-DIABETES

A pré-diabetes é um estágio antes da diabetes tipo 1 ou 2. É quando os níveis de açúcar no sangue estão acima do normal, mas ainda não caracteriza nenhum dos dois tipos da doença. É como um alerta do corpo, que costuma aparecer em pessoas obesas, hipertensas e/ou com alterações no lipídios.

Mesmo identificando a pré-diabetes, metade dos pacientes, ainda assim, desenvolvem a doença.

DIABETES GESTACIONAL

A diabetes gestacional afeta de 2 a 4% de todas as gestantes e costuma ocorrer apenas durante a gravidez. É quando os níveis de açúcar no sangue estão acima do normal, mas não o suficiente para ser considerado diabetes do tipo 2.

É preciso fazer o exame de diabetes ao longo de todo pré-natal, já que, caso ocorra, há maiores chances de problemas tanto durante a gestação quanto na hora do parto. Caso não seja controlado, pode aumentar o risco de desenvolver a doença tanto na mãe quanto no bebê. 

SINTOMAS

Nós listamos os principais sintomas do diabetes, de acordo com o Ministério da Saúde. Fique atento!

TIPO 1

  • Fome frequente;
  • Muita sede;
  • Urinar mais vezes que o habitual ao longo do dia;
  • Perda de peso;
  • Fraqueza;
  • Cansaço;
  • Oscilações De humor;
  • Náusea e vômito

TIPO 2

  • Fome frequente;
  • Muita sede;
  • Formigamento nos pés e mãos;
  • Urinar mais vezes que o habitual ao longo do dia;
  • Infecções frequentes na bexiga, rins, pele e infecções de pele;
  • Feridas que demoram para cicatrizar;
  • Visão embaçada

RISCOS

Quando o indivíduo desenvolve a doença e não a trata adequadamente, outros problemas de saúde podem aparecer. 

Lembra quando nós falamos aqui sobre pés diabéticos? Este problema surge em decorrência da Neuropatia Periférica, que afeta as extremidades dos nervos, diminuindo a sensibilidade dos pés, por exemplo. Isto pode fazer com que, caso não seja utilizado o calçado ideal, surjam, feridas pelo atrito dos pés com o sapato e a pessoa não sinta, fazendo com que o problema não seja tratado e acabe se agravando. Cerca de 60% dos casos de amputação ocorrem por causa desta neuropatia.

Doenças renais também podem aparecer em diabéticos. Os rins são responsáveis por filtrar os resíduos do sangue durante o processo de digestão. Eles ajudam a descartar o que não será útil para o organismo e compõe a urina. As moléculas que são úteis para o sangue passam por esta filtragem e continuam circulando pelo corpo.

Quando os níveis de açúcar no sangue estão muito elevados, fazem com que os rins trabalhem mais, já que eles têm que filtrar um grande volume de sangue, sobrecarregando o processo.   

Caso o problema não seja adequadamente tratado ou diagnosticado tardiamente, os rins perderão a capacidade de funcionamento e o paciente precisará de um transplante ou de hemodiálise.

Há também risco de desenvolver problemas nos olhos. O diabético que não controla a doença tem mais chances de desenvolver a cegueira. Mas também têm 40% mais chances de desenvolver glaucoma; 60% mais chances de ter catarata; e aumenta o risco de problemas de retina.

A pele do diabético também se torna mais sensível. Ela fica mais seca, com maior probabilidade de infecções por fungos e bactérias. Também coça mais, o que, por sua vez, pode fazer com que apareçam feridas, caso o indivíduo coce o local com frequência. Por isso é preciso utilizar creme hidratante específico para este tipo de pele.

A pessoa com diabetes necessita cuidados especiais com a pele, que tende a ser mais seca. (clique aqui)

Outros problemas também são a alteração de humor, depressão, ansiedade e até mesmo problemas sexuais. 

MUDANÇA DE HÁBITOS PARA PREVENIR

Nós da Clínica dos Pés sempre reforçamos a importância da prevenção a qualquer tipo de doença. No caso da diabetes, para evitar o aparecimento da doença, a mudança de hábitos de vida estão diretamente ligados com o controle não só dos níveis de açúcar no sangue, como também para controle do colesterol, triglicerídeos, evita o sobrepeso/obesidade e tantos outros problemas de saúde.

Por isso:

  • Aumente o consumo de frutas, verduras e legumes;
  • Reduza o consumo de sal, gorduras e açúcares;
  • Pratique exercícios físicos regularmente;
  • Não fume;
  • Mantenha o controle do peso

DIA INTERNACIONAL DE PREVENÇÃO AO DIABETES

O dia 14 de novembro é considerado pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS) o dia mundial de conscientização sobre a importância da prevenção da doença, que, como já dissemos, até 2030 deve afetar 21,5 milhões de brasileiros.